as cinzas de gramsci
ii
(...)
estes magros ciprestes, esta morrinha negra
que salpica os muros em redor
de pálidos rabiscos de buxo, que o crepúsculo
adoça e depois apaga em acres
cheiros de alga... essa erva rara
e inodora, onde roxo mergulha
o ar, com um arrepio de menta,
ou de feno podre, e calma aí começa,
na melancolia do dia, a abafada
trepidação da noite. rude
é o clima, dulcíssima é a história
deste chão, entre estes muros, onde ressuma
outro chão; (...)
- pier paolo pasolini -
- erik levander -
(månen viskar)
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