(...)
maë - e tu não és livre?
garga - não. pausa. nós não somos livres. tudo começa com o
café da manhã e com a porrada que se leva quando se faz
asneiras, e as lágrimas da mãe salgam a sopa dos filhos e é
o suor da mãe que lhes lava as camisas e estamos garantidos
até chegar a idade do gelo e a raiz fica no coração. e quando
se é adulto e se quer fazer qualquer coisa de alma e coração,
descobrimos que já fomos pagos, iniciados, carimbados, ven-
didos a preço alto e não temos liberdade para sucumbir.
(...)
- bertolt brecht -
(na selva das cidades)
- caravan palace -
(sofa)
Sem comentários:
Enviar um comentário