quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

charles bukowski vs tennessee ernie ford

um passo removido

conheci uma senhora que viveu com hemingway,
conheci uma senhora que afirmava ter fodido com ezra pound.
sartre convidou-me para o visitar em paris mas eu era demasiado
estúpido para aceitar.
caresse crosby do black sun press escreveu-me de itália.
o filho de henry miller escreveu que eu era melhor escritor que o seu
pai.
bebi vinho com john fante.
mas nada disto interessa excepto de uma forma
romântica.
um dia eles falarão sobre mim:
"o chinaski escreveu-me uma carta."
"eu vi o chinaski nas corridas."
"eu vi o chinaski a lavar o carro."
tudo um completo absurdo.
entretanto, um jovem homem de olhos arregalados
desconhecido e só numa sala
estará a escrever coisas que te farão
esquecer todos os outros
excepto talvez o jovem homem
que se seguirá
a ele.

- charles bukowski -
(one step removed, trad. menino mau)


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- tennessee ernie ford -
(sixteen tons)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

gonçalo m. tavares vs steve reich

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mas ouçamos uma história (outra parábola?):
um duro homem avança por uma rua
que termina numa floresta como antes na infância
avançara por uma floresta que terminava
numa rua.
olha para todos os lados mas evita olhar para cima
pois alguém lhe dissera que os humanos
só participam nos acontecimentos
abaixo do nível dos olhos,
e esta expressão - abaixo do nível dos olhos -
torna-se tão forte como a velha expressão
- abaixo, ou acima, do nível do mar.


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e eis então que a referência natureza
é substituída pela referência humana.
homens que antes agiam ao nível do mar
agem agora acima ou abaixo do nível dos olhos.
e digamos que: acima do nível dos olhos age
quem espera que os elementos divinos,
o acaso e o destino, resolvam o que a psicologia
e os utensílios não conseguem perceber.


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ao nível dos olhos, pelo contrário, age quem acredita
que os gestos humanos são ainda, ou são agora,
a mais forte aceleração
que se pode introduzir no mundo.
quem age abaixo do nível dos olhos reconhece
que o avanço não foi suficiente
e que só a parte animal do homem,
ou a parte que se humilha, podem solucionar os conflitos.
saltar, argumentar, rastejar
- eis, em síntese, três formas humanas
de responder a um único mundo.
(e bloom vai praticar todas.)

- gonçalo m. tavares -
(uma viagem à índia, canto i)



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- steve reich -
(music for 18 musicians - section iiia)

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

herberto helder vs alva noto and ryuichi sakamoto

um dia há a fome. não essa habitual fome surda e continuada,
a básica fome da ilha - estilo central com suas tréguas que
empenham de novo o homem no acto de viver. há a fome extrema.
então as mulheres saem das casas e atravessam os caminhos em
grupos mudos. têm as caras das pessoas velhas embora algumas
sejam ainda mulheres jovens. o seu passo é incerto, porque
saem pouco. estão desesperadas e dirigem-se às autoridades
da ilha. caminham num passo sem jeito, vestidas de negro,
com aquele pensamento femininamente feroz do pão, a deter-
minação de fêmeas ameaçadas nos fundamentos da vida. é uma
fome imediata, um pouco sem dignidade. não atinge a forma de
ideia, uma expressão de silêncio sombrio. é uma fome-fêmea,
e por isso será remediada.
os homens estão deitados na praia, e ir às autoridades é a
última coisa, a coisa desesperada, convincente, brutal e
eficaz que pertence às mulheres. esse alarde a que não fal-
ta malícia não é dos homens. o orgulho inútil é que é dos
homens. ficam na mesma posição, olhando para o mundo. e nes-
se orgulho imóvel de que extraem não se sabe que confusa
justificação, sentem toda a fome por todas as partes do cor-
po. é uma fome-macho, e por isso não seria remediada se a
seu lado se não tivesse desenvolvido, com toda a ignóbil e
engenhosa energia, a fome das mulheres. é a salvação.
as autoridades redigem um apelo às ilhas vizinhas mais, fer-
téis, e depois chega um barco com farinha de milho e barri-
cas de carne seca.

- herberto helder -
(uma ilha em sketches, photomaton & vox)


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- alva noto & ryuichi sakamoto -
(a attack : b transition)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

robert and shana pakerharrison vs giant sand


- giant sand -
(belly full of fire)


architect's brother

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- robert and shana pakerharrison -

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- robert and shana pakerharrison -

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- robert and shana pakerharrison -

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- robert and shana pakerharrison -


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- robert and shana pakerharrison -

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- robert and shana pakerharrison -

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- robert and shana pakerharrison -

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- robert and shana pakerharrison -

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- robert and shana pakerharrison -

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- robert and shana pakerharrison -

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- robert and shana pakerharrison -

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- robert and shana pakerharrison -

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- robert and shana pakerharrison -

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- robert and shana pakerharrison -

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- robert and shana pakerharrison -

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- robert and shana pakerharrison -

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- robert and shana pakerharrison -

terça-feira, 28 de setembro de 2010

manoel de barros vs amon tobin

poema

a poesia está guardada nas palavras - é tudo que
eu sei.
meu fado é o de não entender quase tudo.
prepondero a sandeu.
sobre o nada eu tenho profundidades.
não cultivo conexões com o real.
para mim, poderoso não é aquele que descobre ouro,
poderoso para mim é aquele que descobre as insignificâncias:
(do mundo e nossas)
por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
fiquei muito emocionado e chorei.
sou fraco para elogios.

- manoel de barros -


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- amon tobin -
(eight sum)

domingo, 26 de setembro de 2010

khalil gibran vs matthew shipp

o espantalho

certo dia disse a um espantalho: - deves estar cansado
de ficar quieto no meio deste campo deserto.
ele respondeu-me: - o prazer de espantar é profundo e
grande, nunca me cansa.
é verdade, disse eu, também já conheci esse prazer.
ele respondeu: - só podem conhecer esse prazer os que
estão cheios de palha.
afastei-me dele sem saber se a sua resposta era de
elogio ou de troça.

- khalil gibran -


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- matthew shipp -
(equilibrium)

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

fredrik marsh vs pink floyd


- pink floyd -
(several species of small furry animals gathered together in
a cave grooving with a pict)


transitions: the dresden project

during a three-month artist residency in Dresden, Germany in 2002
and over the next 4 subsequent summers, fredrik marsh explored
the city and its outskirts, finding myself increasingly drawn
towards photographing empty structures overlooked in the
rebuilding, reconstruction, and renewal process still underway.
encountered during these many extended walks throughout the now
familiar city, his efforts concentrated on photographing the
detritus of human culture discovered in the decaying interior
spaces of vacant factories, abandoned apartments, and hotel rooms.
the dresden project demonstrates the juxtapositions and ironies
still abundant in the post-Socialist world, showing the old and
the new as well as the grandeur and the decay of these once-
majestic buildings.


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- fredrik marsh -
(a
bandoned apartment, buchenstraße, 2005)

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- fredrik marsh -
(a
bandoned house, am kirchberg, 2005)

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- fredrik marsh -
(a
bandoned building, vorwerkstraße, 2005)

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- fredrik marsh -
(a
bandoned apartment, near koblenzer straße, 2005)

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- fredrik marsh -
(a
bandoned building, dresden-übigau, 2005)

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- fredrik marsh -
(a
bandoned apartment, near mockritzer straße, 2005)

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- fredrik marsh -
(a
bandoned building, dresden-übigau, 2005)

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- fredrik marsh -
(a
bandoned building, vorwerkstraße, 2005)

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- fredrik marsh -
(a
bandoned apartment, am lagerplatz, 2005)

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- fredrik marsh -
(a
bandoned apartment, stauffenbergallee, 2005)

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- fredrik marsh -
(a
bandoned apartment, johannstraße, 2005)

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- fredrik marsh -
(a
bandoned apartment, stauffenbergallee, 2005)

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- fredrik marsh -
(a
bandoned apartment, near koblenzer straße, 2005)

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- fredrik marsh -
(a
bandoned building, dresden-übigau, 2005)

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- fredrik marsh -
(a
bandoned bus depot, tolkewitzer straße, 2005)


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- fredrik marsh -
(a
bandoned apartment, mickten district, 2004)

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- fredrik marsh -
(a
bandoned factory, leipziger straße, 2004)

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- fredrik marsh -
(
abandoned factory, mickten district, 2004)

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- fredrik marsh -
(
abandoned factory, mickten district, 2004)

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- fredrik marsh -
(
abandoned factory, mickten district, 2004)

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

pierre reverdy vs the residents

inverno

através da densa e gelada chuva daquela noite onde a avenida
é mais luminosa, um pequeno escuro homem com a cara azul.
é do frio? dum fogo interior aceso pelo álcool?
mas os seus enormes sapatos estão cheios de água e ele vagueia
pelos candeeiros da rua. ele é a alegria e o lamento das meninas.
que emoção pesada! quem o quererá levar?
oh gente da rua que levou esta dura vida e que menos não se
poderia importar, não vos entendo! eu gosto do calor, conforto,
e tranquilidade.
oh gente que os despreza, vocês assustam-me!

- pierre reverdy -


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- the residents -
(notchi)

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

robert louis stevenson vs starfucker

os fios de uma história entrelaçam-se de vez em quando e
formam uma imagem na teia; de vez em quando, as personagens
adoptam uma atitude entre si ou em relação à natureza, que
deixa a história gravada como uma ilustração. crusoe retro-
cedendo perante uma pegada, aquiles gritando contra os
troianos, ulisses dobrando um grande arco, christian a cor-
rer com os dedos nos ouvidos: todos estes são momentos cul-
minantes na lenda, e todos ficaram impressos para sempre
no olho da mente. podemos esquecer outras coisas; podemos
esquecer as palavras, mesmo que sejam belas; podemos esque-
cer os comentários do autor, mesmo que sejam engenhosos e
verdadeiros; mas estas cenas capitais, que põem a marca
definitiva da verdade numa história e, de um só golpe,
preenchem a nossa capacidade de prazer, adoptamo-las de
tal modo no íntimo do nosso espírito que nem o tempo nem
a maré podem apagar ou enfraquecer a sua impressão.

- robert louis stevenson -
(a gossip on romance, memories an portraits)



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- starfucker -
(bed-stuy [super cop])

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

alberto moravia vs sun ra

(...)
a índia é um conceito de vida.
que conceito?
o bem conhecido conceito, segundo o qual tudo
aquilo que parece real não é real, e tudo aquilo que
não parece real é real. deste conceito deriva a des-
valorização completa da vida como coisa absurda e
dolorosa, e a convicção de que o homem não deve
agir para melhorar o mundo, mas sim para dele sair
e juntar-se à realidade supra-sensível, ou seja,
espiritual. a religião é, pois, um conceito comple-
tamente negativo no que respeita à realidade dos
sentidos, por ser completamente positivo quanto à
realidade espiritual.
(...)
é um conceito pessimista.
não, não é um conceito pessimista, é um conceito
que nega certas coisas e afirma algumas outras. é
pessimista se o considerarmos do ponto de vista das
coisas que nega, é optimista se o considerarmos do
ponto de vista das coisas que afirma. é pessimista
do ponto de vista europeu ou, pelo menos, daquele
que em tempos era o ponto de vista europeu; é opti-
mista do ponto de vista indiano ou, pelo menos, da-
quele que era em tempos o ponto de vista indiano.
porquê? ambos os pontos de vista mudaram?
sim, mudaram.
e de que modo?
os indianos imitam os europeus e os europeus os
indianos.
(...)

- alberto moravia -
(uma ideia da índia)



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- sun ra -
(enlightenment)

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

holly roberts vs arcade fire


- arcade fire -
(neighborhood #2 [laika])



holly roberts

My work challenges the traditional format of the photograph. I use my own black and white photographs as the ground for heavily overpainted, etched, scraped and smeared images. My work evokes the long and complex interrelationship between paintings and photography wherein each medium has irrevocably influenced the other. In many instances, my original photograph is scarely discernible beneath the layers of oil paint. However, it is this photographic image that allows me to begin the process of trying to understand where it is that I need to go. In attempting to understand complicated issues of my own personal history that have to do with fear, anxiety, loneliness, humor, love and the interconnectedness of living beings, I find myself creating images that are as simple and honest as I can make them.


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- holly roberts -
(current)


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- holly roberts -
(jumper)


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- holly roberts -
(big girl)


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- holly roberts -
(dog w spots)


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- holly roberts -
(fenix)


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- holly roberts -
(cow with black clouds)


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- holly roberts -
(woman being chased)


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- holly roberts -
(bob in mexico)


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- holly roberts -
(small wolf with forest)


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- holly roberts -
(child with storm)


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- holly roberts -
(horse being led)


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- holly roberts -
(frightened child)


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- holly roberts -
(deer dancer)


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- holly roberts -
(man with greyhound [and pink legs])


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- holly roberts -
(bob singing)


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- holly roberts -
(walking bird)


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- holly roberts -
(man sleeping inside himself)


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- holly roberts -
(leaving the cemetary)


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- holly roberts -
(breach)


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- holly roberts -
(giants)


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- holly roberts -
(angel w/ storm)


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- holly roberts -
(boy with dirt)


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- holly roberts -
(swimmer)


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- holly roberts -
(two children playing)


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- holly roberts -
(bird with hand)


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- holly roberts -
(woman drinking)