último brinde
quer queiramos quer não
só temos três alternativas:
o ontem, o presente e o amanhã.
e nem sequer três
porque como diz o filósofo
o ontem é ontem
pertence-nos apenas na recordação:
à rosa que já se desfolhou
não se lhe poder tirar outra pétala.
as cartas por jogar
são somente duas:
o presente e o dia de amanhã.
e nem sequer duas
porque é um dado adquirido
que o presente não existe
senão na medida em que se faz passado
e já passou...
como a juventude.
resumindo as contas
só nos vai ficando o amanhã:
levanto o meu copo
por esse dia que não chega nunca
mas que é o único
do qual realmente dispomos.
- nicanor parra -
(último brindis, trad. menino mau)
- rabih abou khalil -
(como um rio)
5 comentários:
parabéns:D:D:D:D
grande post
obrigado. :D
Olhe, nem sei do que gostei mais, se do poema, se da música, se da fotografia. Acho que foi do todo ;-)
junto-me ao brinde.
tchim tchim : )
tchim tchim.. :)
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