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terça-feira, 13 de julho de 2010

mario giacomelli vs alva noto


- alva noto -
(u 07)



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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

gonçalo m. tavares vs alva noto

e.m. cioran

se a alma é uma víscera não quero pensar o que será deus.
o homem que quer destruir traz as mãos pesadas. o homem
que quer fugir traz os pés leves.
o homem que quer lutar traz pressa. o homem que quer
morrer encontrou o mundo certo.

- gonçalo m. tavares -
(biblioteca)


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- alva noto -
(obi one [edit xs version])

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

istván örkény vs alva noto

introdução aos contos de 1 minuto

eu gostaria de falar sobre os meus contos de 1 minuto, que
tipo de textos são estes, qual a sua particularidade, o seu
objectivo, etc.
então, primeiro, como o seu nome demonstra, são curtos.
duram meio ou um minuto, talvez um pouco mais. e como
são tão curtos, não é muito cansativo fazê-los.
talvez fosse melhor mostrar como se podem escrever contos
de um minuto. não é uma ocupação complicada, qualquer
pessoa que saiba ler e tenha bom gosto consegue aprender e,
depois de um pouco de exercício, se tiver uma meia hora livre,
senta-se e escreve alguns contos de um minuto. então, vamos
começar.
damos-lhe um título? qual? o título podia ser: conto de 1 mi-
nuto.
o resto vai de vento em popa.
agora vamos combinar de que tema trata o conto. sugiro que
não se gastemos tempo na procura de um tema. podemos es-
crever um conto de um minuto sobre qualquer coisa. sobre o
que acontece em casa, sobre o primeiro objecto que encon-
tramos por acaso, sobre a primeira coisa que nos passa pela
cabeça. porque, como numa gota que está no mar, em tudo o
que pensamos sentimos que está incluída a nossa vida intei-
ra. eu faço isto desta maneira há muitos anos e resultou mui-
to bem...
o resto é já brincadeira. agora só temos de ter cuidado para
sermos breves. isso também não é uma coisa difícil. devíamos
sempre pensar que o que sabemos também o sabem as outras
pessoas, que o que compreendemos qualquer outra pessoa é
capaz de compreender. portanto, não precisamos de falar mui-
to. a arte, em todo o caso, resume sempre, condensa. digamos,
por exemplo, que se alguém deseja comer canja, não compra a
sopa feita no supermercado, mas vai lá e compra um pequeno
cubo. leva-o para casa e faz uma sopa densa ou diluída, segun-
do o seu gosto.
do mesmo modo, o escritor condensa tudo o que tinha vivido e
pensado num pequeno cubo. o leitor também tem cabeça e
imaginação, que começam a funcionar logo que o escritor se
cala. temos de meter bem na cabeça que devemos evitar a in-
continência da linguagem.
façam o favor de ter presente isso quando começarem a escre-
ver contos de um minuto. o meu ponto de partida é que nós,
sempre que vivemos no mesmo país, e no mesmo século, te-
mos sonhos, grosso modo, idênticos. eu procurei sempre essa
coisa comum, o que é essencial, lembrado por todos. muitas
vezes uma só palavra é suficiente. uma só palavra pode ter,
efeito, tal como à noite, com um só toque, várias ruas ficam
iluminadas. às vezes penso que estes não são contos verdadei-
ros. se calhar devia dizer que eu só faço sinais. mas para fazer
sinais são precisas duas pessoas. uma que dá e a outra que re-
cebe. agora peço-lhes que abram a vossa imaginação perante
eles.

- istván örkény -
(histórias de 1 um minuto)


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- alva noto -
(prototype 1)

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

lucian blaga vs alva noto

a estalactite

o silêncio é a minha sabedoria
e porque permaneço imóvel e sereno
como um asceta de pedra,
parece-me
que sou uma estalactite dentro de uma caverna imensa
com o céu por abóbada.
lentas,
lentas,
lentas gotas de luz,
gotas de paz, caem imparáveis
e fazem-se pedra dentro de mim.

- lucian blaga -


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- alva noto -
(prototype 7)

terça-feira, 8 de setembro de 2009

carlos de oliveira vs alva noto

infância

I
terra
sem uma gota
de céu.

III
transmutação
do sol em oiro.

cai em gotas,
das folhas,
a manhã deslumbrada.

IV
chamo
a cada ramo
de árvore
uma asa.

e as árvores voam.

mas tornam-se mais fundas
as raízes da casa,
mais densa
a terra sobre a infância.

é o outro lado da magia.

V
e a nuvem
no céu há tantas horas,
água suspensa
porque eu quis,
desmorona-se e cai.

caem com ela
as árvores voadoras.

VI
céu
sem uma gota
de terra.

- carlos de oliveira -


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- alva noto -
(prototype 6)